Título: Gênesis
Autor: Bernard Beckett
Número de Páginas: 173
Editora: Intrínseca
Nota de 1 a 5: 3
Confuso. Uma palavra que define bem este livro.
Chocante. Uma palavra que define bem o final deste livro.
A resenha da história em si, tanto quanto a sinopse da mesma, não
fariam muita diferença para quem quer ler o livro, pois tudo aquilo que é dito
no verso e nas orelhas da capa de nada adiantam. O leitor será surpreendido de
qualquer forma. Além do mais, qualquer informação a respeito do que acontece a
cada página, poderia conter um spoiler.
Na sinopse que se encontra no verso da capa, fica claro que a
história se passa no futuro. Mas o que ninguém diz é que apesar da história se
passar no futuro, a trama mais importante em si ocorre no passado. Acontece que
mesmo sendo “passado” na linha do tempo da história em questão, ainda é
“futuro” para nós que estamos vivendo a segunda década do século XXI. Ou seja,
se você gosta de se situar com a época do enredo, já dei uma boa dica e talvez
isso ajude um pouco a leitura.
Na sinopse que se encontra no verso da capa, fica claro que a
Terra foi devastada e que nela surgiu uma nova sociedade. Mas o que ninguém diz
é que apesar da história retratar uma outra sociedade que mal foi nos
apresentada devidamente, o autor “joga” os fatos históricos e marcantes ao
longo do livro como se nós estivéssemos habituados a essa tal sociedade.
Na capa do livro está escrito o seguinte “O que realmente
significa ser humano?”. O que aparenta ser apenas uma frase de marketing, algo
para aumentar as vendas do livro, na verdade é uma pergunta que será respondida
ao longo da leitura da obra, mas que só será totalmente respondida e
compreendida na última página, na última página mesmo. Portanto, se você é uma
daquelas pessoas que não aguentam de curiosidade e sempre dão um jeito de ler
as últimas páginas, meu aviso: não leiam de forma alguma.
O livro além de ser confuso, levanta questões morais e éticas.
Pode-se dizer que é um tanto filosófico, à la “O Mundo de Sofia” (quando a
menina questionava o mundo e a si mesma e, de repente, o leitor era pego de
surpresa por estar filosofando junto com a garota - para aqueles que leram,
devem ter entendido a analogia).
Resumindo e concluindo: um livro cansativo e que demanda atenção
do leitor. Não é uma leitura de “fácil digestão”, pois apesar do livro ser
pequeno em termos de quantidade de páginas, possui grande carga de conteúdo,
que quando analisada de forma devida só tem a enriquecer a visão do leitor em
relação ao mundo em que vive.
Uma vez iniciada a aventura de se ler esta obra, a mesma não deve
interrompida. Termine de ler que no final de tudo, o quebra-cabeça – ou pelo
menos parte dele – será resolvido.
Por: Milla Pechta
Olá.
ResponderExcluirNunca tinha ouvido falar desse livro, mas sua resenha atiçou minha atenção, meu interesse. Livros que trabalham com esse tipo de contexto podem ser muito, mas muito bem aproveitados mesmo para apresentar filosofias, criticas aos nossos atos que levam a um fim desastroso, tal... Mas é simplesmente só isso, porque um livro desse, quando não é muito bom, é, no mínimo, desastroso.
O autor tem de saber sobre o que está falando, o que está questionando e o que resolverá. Polêmico...
Se eu encontrá-lo com um bom preço, compro. xD