domingo, 3 de junho de 2012

Resenha: Gênesis


Título: Gênesis
Autor: Bernard Beckett
Número de Páginas: 173
Editora: Intrínseca
Nota de 1 a 5: 3

Confuso. Uma palavra que define bem este livro.
Chocante. Uma palavra que define bem o final deste livro.
A resenha da história em si, tanto quanto a sinopse da mesma, não fariam muita diferença para quem quer ler o livro, pois tudo aquilo que é dito no verso e nas orelhas da capa de nada adiantam. O leitor será surpreendido de qualquer forma. Além do mais, qualquer informação a respeito do que acontece a cada página, poderia conter um spoiler.
Na sinopse que se encontra no verso da capa, fica claro que a história se passa no futuro. Mas o que ninguém diz é que apesar da história se passar no futuro, a trama mais importante em si ocorre no passado. Acontece que mesmo sendo “passado” na linha do tempo da história em questão, ainda é “futuro” para nós que estamos vivendo a segunda década do século XXI. Ou seja, se você gosta de se situar com a época do enredo, já dei uma boa dica e talvez isso ajude um pouco a leitura.
Na sinopse que se encontra no verso da capa, fica claro que a Terra foi devastada e que nela surgiu uma nova sociedade. Mas o que ninguém diz é que apesar da história retratar uma outra sociedade que mal foi nos apresentada devidamente, o autor “joga” os fatos históricos e marcantes ao longo do livro como se nós estivéssemos habituados a essa tal sociedade.
Na capa do livro está escrito o seguinte “O que realmente significa ser humano?”. O que aparenta ser apenas uma frase de marketing, algo para aumentar as vendas do livro, na verdade é uma pergunta que será respondida ao longo da leitura da obra, mas que só será totalmente respondida e compreendida na última página, na última página mesmo. Portanto, se você é uma daquelas pessoas que não aguentam de curiosidade e sempre dão um jeito de ler as últimas páginas, meu aviso: não leiam de forma alguma.
O livro além de ser confuso, levanta questões morais e éticas. Pode-se dizer que é um tanto filosófico, à la “O Mundo de Sofia” (quando a menina questionava o mundo e a si mesma e, de repente, o leitor era pego de surpresa por estar filosofando junto com a garota - para aqueles que leram, devem ter entendido a analogia).
Resumindo e concluindo: um livro cansativo e que demanda atenção do leitor. Não é uma leitura de “fácil digestão”, pois apesar do livro ser pequeno em termos de quantidade de páginas, possui grande carga de conteúdo, que quando analisada de forma devida só tem a enriquecer a visão do leitor em relação ao mundo em que vive.
Uma vez iniciada a aventura de se ler esta obra, a mesma não deve interrompida. Termine de ler que no final de tudo, o quebra-cabeça – ou pelo menos parte dele – será resolvido.

Por: Milla Pechta

Um comentário:

  1. Olá.
    Nunca tinha ouvido falar desse livro, mas sua resenha atiçou minha atenção, meu interesse. Livros que trabalham com esse tipo de contexto podem ser muito, mas muito bem aproveitados mesmo para apresentar filosofias, criticas aos nossos atos que levam a um fim desastroso, tal... Mas é simplesmente só isso, porque um livro desse, quando não é muito bom, é, no mínimo, desastroso.
    O autor tem de saber sobre o que está falando, o que está questionando e o que resolverá. Polêmico...
    Se eu encontrá-lo com um bom preço, compro. xD

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