domingo, 22 de janeiro de 2012

Resenha: Cidade das Cinzas (Os Instrumentos Mortais #2)



Título: Cidade das Cinzas (Os Instrumentos Mortais #2)
Autora: Cassandra Clare
Número de Páginas: 404
Editora: Galera Record
Nota de 1 a 5: 5

* Esta resenha contém spoiler de “Cidade dos Ossos” *

  Antes de qualquer coisa: Cassandra Clare sabe escrever. Mais do que isso, ela sabe como envolver o leitor à história, deixá-lo curioso, criar seres fantásticos, planejar cenas intensas. Tudo isso bem amarrado a um bom enredo com personagens tão vivos quanto nós.
  “Cidade das Cinzas” começa de onde “Cidade dos Ossos” havia parado. Com apenas algumas semanas de diferença, pouca coisa fica para ser contada e então somos levados às novas aventuras dos Caçadores de Sombras.
  Basicamente, a história gira em torno da desconfiança que surge em relação a Jace: estaria ele compactuando ou não com seu pai, Valentim? Pessoas próximas ao garoto são atingidas por essa desconfiança e acabam por desestabilizar tudo aquilo em que Jace acreditava. Mas quem realmente infernizará a vida dele será a tal da Inquisidora que surge no Instituto para interrogá-lo. Uma mulher fria, arrogante e surda, pois parece que não dá ouvidos a ninguém a não ser a ela mesma. Crédula de que Jace realmente sabe de alguma coisa e que não quer cooperar com a investigação, a Inquisidora enlouquece até o próprio leitor com tamanha ignorância.
  Também ganham espaço os conflitos afetivos que envolve o trio Simon/Clary/Jace. Simon acaba se tornando mais do que um simples amigo sem Clary perceber, e quando isso acontece a garota fica dividida entre seu melhor amigo, Simon, e aquele que ela descobriu ser seu irmão, Jace.

“ - Sabe qual a pior coisa que eu consigo imaginar?
Ela piscou.
- Não.
- Não confiar em alguém que eu amo.
(…)
- Mas você pode confiar em mim.
- Eu achava que podia, mas tenho a sensação de que você prefere sofrer por alguém com quem nunca vai poder ficar do que tentar ficar com alguém que pode.”
(Simon & Clary – página 227)

  Sentimentalismo à parte, a autora investiu muito nos demônios. Somos apresentados a diversos como Agramon, Drevak, Oni, Raum, e também recebemos a visita de alguns já conhecidos, como Raveners. As cenas nas quais aparecem sempre garantem ação, machucados, sangue e muitas lâminas serafim.
  Outro ponto forte é o maior destaque a personagens que pouco apareceram em “Cidade dos Ossos” ou que ainda nem haviam aparecido na história. O casal Lightwood, Magnus Bane, o próprio Valentim, Max (o irmão mais novo de Alec e Isabelle), Maia, Raphael... Cada um, da sua maneira, contribui com o desenvolvimento da trama, ajudando a história a crescer, ganhar espaço e formato próprios.
  O único “porém” do livro inteiro é que este foi um pouco previsível (só um pouco, mas não deixa de ser). Comparado ao primeiro volume da série onde segredos ainda estavam por ser revelados ainda nas últimas páginas, este segundo não se mostrou tão interessante neste aspecto. Talvez isto deva-se ao fato da história em si já possuir muitos problemas pendentes e portanto a inserção de novos só traria complicações à série em si.
  Fora este “porém” mencionado acima, nada deixa a desejar. NADA. “Os Instrumentos Mortais” continua a ser uma série completa em todos os aspectos.

Por : Milla Pechta

3 comentários:

  1. Como eu falei, não li a resenha porque ainda não li o primeiro livro da série ><

    Mas todo mundo fala tããããããão bem dessa série *-* Eu preciso ler logo!!!! Já tenho o livro aqui na minha estante (só o primeiro), mas falta o tempo para ler... menina, estou precisando de um dia com 60 horas para dar tempo de ler tudo o que eu quero!!! hahahaha

    Beijos,
    Nanie - Nanie's World

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  2. Eu via muito o primeiro livro da série por aí, mas nunca me interessou.
    E lendo por alto essa resenha, me chamou a atenção.
    Acho que vou dar uma chance x)

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  3. Eu quero ler esse livro a um tempo, mas estou sem oportunidades =/

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